Schuller – "El origen de los charrúa" – Annales de la Universidad de Chile, tomo CXVIII, Santiago, 1906.
– Alfredo de Carvalho – A saudação lacrimosa dos indios – Revista do Instituto Archeologico e Geographico Pernambucano, v. XI, Recife, 1906.
XLVIII – Typoya ou tipoia tem vários significados: typpoy para Hans Staden era uma espécie de saco aberto em cima e embaixo, que as mulheres vestiam; tupoy para Abbeville era "l'escharpe en laquelle les femmes portent leurs enfans au col"; saia, vestido, cousa pendente, rede de cobrir, ou simplesmente rede, são outros significados que se encontram nos autores. Quanto à origem da palavra querem alguns que seja ela africana, usada pelas tribos de Angola; note-se, entretanto, que Hans Staden, sem o menor conhecimento de cousas da África, ouviu no Brasil Typpoy, como escreveu. Para Baptista Caetano é tupi-guarani: tupói, tupái ou tipói, significa literalmente o que pende das coxas.
XLIX – Parece referir-se a Garcia d'Avila o que se lê no texto, combinando-se com o que dizem Anchieta – Informações citadas, p. 17, e Gabriel Soares – Tratado discriptivo, p. 48. Era Garcia d'Avila dos mais ricos habitantes da Bahia naquele tempo, possuidor de muitos currais de gado em toda a costa do rio Real até além de Tatuapara, com grandes edifícios de casas de vivenda, capelas e ermidas. Veio para o Brasil em 1549 como criado do governador geral Thomé de Sousa, e foi o fundador da casa da Torre. A esse, quando não era mais governador, em carta da Bahia, de 5 de julho de 1559, queixava-se o padre Manuel da Nobrega – Cartas do Brasil (Rio de Janeiro, 1886), p. 161: "Agora entram os queixumes que eu tenho de Garcia d'Avila: é ele um homem com quem eu mais me alegrava e consolava nesta terra, porque achava nele um rasto do espírito e bondade de Vossa Mercê de que eu sempre muito me contentei, e como o ter cá me alegrava, parecendo-me estar ainda Thomé de Sousa nesta terra. Tinha ele uns índios perto de sua fazenda. Quando o governador os ajuntava, pediu-me lhe alcançasse do governador que lhos deixasse, prometendo ele de os meninos irem cada dia á escola de São Paulo, que estava meia légua dele, e os mais iriam aos domingos