LXXXIII – Peaçaba vem corretamente explicado no texto: lugar onde se desembarca. Do tupi apé caminho, e açaba travessia, saída: onde o caminho corta, ou sai, o porto. – A rua da Misericórdia, no Rio de Janeiro, chamou-se outrora praia da Peaçaba, onde os jesuítas levantaram o guindaste que transportava para cima do morro de São Januário os materiais para a construção do colégio e os produtos da lavoura de seus engenhos e fazendas; ao local se deu o nome de travessa do Guindaste. – Peaçaguera, ou porto velho, é a denominação de uma localidade em São Paulo, vizinha de Cubatão.
LXXXIV – A aldeia de Nossa Senhora dos Pinheiros da Conceição, de índios guaianases, fundada, segundo a tradição, por Anchieta, é hoje o distrito da paz de Pinheiros, a pouco mais de oito quilômetros da cidade de São Paulo; a outra, daí distante duas léguas, deve ser a atual cidade de Santo Amaro.
LXXXV – "A casa de São Pauto de Piratininga (escreveu Anchieta – Informações citadas, p. 22), como foi princípio de conversão, assim também o foi dos colégios do Brasil." Em janeiro de 1554 os padres passaram a Piratininga; mas em fins de 1560, como já se disse, foi o colégio transferido para São Vicente. Com as informações de Cardim concordam as de Anchieta (ibidem, p. 45), em termos quase idênticos.
LXXXVI – O forte foi mandado construir por Diogo Flores de Valdez logo depois do assalto dado às vilas de Santos e São Vicente pelos corsários ingleses Cavendish e Fenton, pelos anos de 1580 a 1584. Ao tempo em que o visitou o padre Christovão de Gouvêa devia começar-se a construção, que levou de 1584 a 1590.
LXXXVII – Com a descrição de Cardim, concorda a de Anchieta. – Informações citadas, p. 44: "É situada (a capitania de S. Vicente) em uma ilha que terá seis milhas em largo e nove em circuito; antigamente era porto de mar e nele entrou Marfim Affonso de Sousa a primeira vez com sua frota, mas depois com a corrente das águas e terra do monte se tem fechado o canal, nem podem chegar as embarcações por causa dos