Desta fruta fazem vinho os índios, muito forte, e de bom gosto. A casca gasta muito o ferro ao aparar, e o sumo tira as nódoas da roupa. Há tanta abundância desta fruta que se cevam os porcos com ela, e não se faz tanto caso pela muita abundância; também se fazem em conserva, e cruas desenjoam muito no mar, e pelas manhãs com vinho são medicinais.
Pacoba – Esta é a figueira que dizem de Adão, nem é arvore, nem erva, porque por uma parte se faz muito grossa, e cresce até 20 palmos em alto; o talo é muito mole, e poroso, as folhas que deita são formosíssimas e algumas de comprimento de uma braça, e mais, todas rachadas como veludo de Bragança, tão finas que se escreve nelas, e tão verdes, e frias, e frescas que deitando-se um doente de febres sobre elas fica a febre temperada com sua frialdade; são muito frescas para enramar as casas e igrejas. Esta erva deita em cada pé muitos filhos, cada um deles dá um cacho cheio de uns como figos, que terá às vezes 200, e como está de vez se corta o pé em que está o cacho, e os outros vão crescendo, e assim vão multiplicando in infinitum; a fruta se põe a madurar e fica muito amarela, gostosa, e sadia, máxime para os enfermos de febres, e peitos que deitaram sangue; e assadas são gostosas e sadias. É fruta ordinária de que as hortas estão cheias, e são tantas que é uma fartura, e dão-se todo o ano.
Maracujá – Estas ervas são muito formosas, máxime nas folhas; trepam pelas paredes, e árvores como a hera; as folhas espremidas com verdete são o único remédio para chagas velhas, e boubas. Dá uma fruta redonda como laranjas, outras à feição de ovo, uns