e enxugar ao sol ou fogo; esta é sobre todas alvíssima, e tão gostosa, e mimosa que não faz para quem quer. Desta mandioca curada ao fumo se fazem muitas maneiras de caldos que chamam mingaus, tão sadios, e delicados que se dão aos doentes de febres em lugar de amido, e tisanas, e da mesma se fazem muitas maneiras de bolos, coscorões, tartes, empenadilhas, queijadinhas de açúcar, etc., misturada com farinha de milho, ou de arroz, se faz pão com fermento, e lêvedo que parece de trigo. Esta mesma mandioca curada ao fumo é grande remédio contra a peçonha, principalmente de cobras. Desta mandioca há uma que chamam aipim, que contém também debaixo de si muitas espécies. Esta não mata crua, e cozida, ou assada, que é de bom gosto, e dela se faz farinha, e beijus, etc. Os índios fazem vinho dela, e é tão fresco e medicinal para o fígado que a ele se atribui não haver entre eles doentes do fígado. Certo gênero de tapuias come a mandioca peçonhenta crua sem lhe fazer mal por serem criados nisso.
Os ramos desta erva, ou árvore são a mesma semente, porque os paus dela se plantam, as folhas, em necessidade, cozidas servem de mantimento.
Naná – Esta erva é muito comum, parece-se com erva babosa, e assim tem as folhas, mas não tão grossas, e todas em redondo estão cheias de uns bicos muito cruéis; no meio desta erva nasce uma fruta como pinha, toda cheia de flores de várias cores muito formosas, e ao pé desta quatro, ou cinco olhos que se plantam; a fruta é muito cheirosa, gostosa, e uma das boas do mundo, muito cheia de sumo, e gostoso, e tem sabor de melão, ainda que melhor, e mais cheiroso; é boa para doentes de pedra, e para febres muito prejudicial.