Castro Alves - o poeta e o poema

Não esqueceu a Veríssimo(1)Nota do Autor o condoreirismo de José Bonifácio, também esse precursor. Acredito mesmo que a influência dele terá sido talvez a maior que, de brasileiro, sofreu Castro Alves. José Bonifácio, com efeito, não foi só poeta épico do Redivivo, como o lírico, gracioso e terno de Um pé ou do Meu testamento, íntimo e comovente de Teu nome e Os nossos sonhos, como poeta nacionalista, do pinturesco regional do O Tropeiro, com que precede, em quase todas as suas notas, a Castro Alves.

Apenas aqui seria o caso de lembrar da Vinci. Aliás Castro Alves foi, de fato, discípulo de José Bonifácio. Achara a lembrança dele no Recife, onde exerceu e lecionou pouco tempo, e em São Paulo começara uma fama que ninguém teve maior como professor de Direito e arauto liberal da mocidade. Com Marcolino de Moura premeditara logo o nosso poeta transferir-se para a Faculdade de São Paulo(2)Nota do Autor e mais tarde aí chegado escrevia a Luís Cornélio(3)Nota do Autor: \"Estou na Academia ouvindo o grande José Bonifácio. Logo depois, quando, dissolvida a Câmara, o tribuno parlamentar torna à sua cátedra, e a terra natal o recebe jubilosa, diz O Ipiranga, de 2 de agosto de 68, Castro Alves \"soube num rapto sublime manifestar a comoção de quantos acompanham o representante dos foros populares. A simpatia e a admiração seria recíproca

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