filosofia... A verdade é que o concurso, como se anunciou, era de Lógica e que esta, consoante a direção extremamente lúcida que lhe traçou Stuart Mill, está de todo a cavaleiro das indecifráveis divagações metafísicas. Sucedeu, porém, que o único discípulo do incomparável lógico, fui eu. O simples enunciado dos pontos que me tocaram (A Verdade, na prova escrita; a Ideia do Ser (!), na prova oral) é bem eloquente no declarar quão aberrados andaram os homens da verdadeira Lógica. Eu não sei que ideia formariam da nossa cultura, os mais modestos normalistas da Bélgica, se soubessem desse estranho caso de desvio filosófico. Neste momento consigo um exemplar do D. João VI, que vai ser a minha primeira leitura encantadora depois de tão longos meses de silogismos e abstratos devaneios. E se por acaso as atrapalhações desta vida me permitirem algumas horas tranquilas, direi sinceramente as minhas impressões. Doravante terei mais tempo para escrever, mais de pauta e tranquilamente... Por ora ainda vacilo nos últimos reflexos da agitada aventura em que andei.
Felizmente mudei-me para Copacabana (147)Nota do Autor, onde estou numa situação maravilhosa... para ver navios! A ver navios! Nem outra coisa faço nesta adorável República, loureira do espírito curto que me deixa sistematicamente de lado, preferindo abraçar... Euclides.
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