com a maior fidelidade, neste momento histórico, a fisionomia real da nossa gente. ninguém lê; ninguém escreve; ninguém pensa. A mofina literatura nacional traduz-se, naturalmente, numa vasta polianteia, a cem réis por linha, de mofinas. De todo absorvidos no presente, às voltas com os seus interissículos, estes homens, tão descuidados do futuro, ainda menos curam do passado; e decerto não escutarão a grande voz do historiador que nos revela uma das fases mais interessantes deste último. Entretanto, quero crer que ainda haverá meia dúzia de espíritos capazes do esforço heroico de um rompimento com tanta frivolidade. E entre estes me alinharei. Euclides.
***
25 junho 1909.
Oliveira Lima.
..............................................
O meu D. João VI mandei-o encadernar na Imprensa Nacional. Li-o; e o crescendo, a que me referi em carta anterior, manteve-se até ao fim. Vou relê-lo; e penso que até farei as pazes com o primeiro capítulo, tão brilhantes e admiráveis se me afiguram os demais. Não é minha esta opinião. Outros já lhe devem ter dito que o sucesso foi excepcional; e se o espírito nacional não estivesse tão escravizado a uma dolorosa e nefasta preocupação... o efeito seria muito maior. A prova