fortes dentre as forças morais da espécie humana, a Amizade, como o fez Euclides da Cunha.
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A amizade na vida de Euclides não foi apenas episódio, mas constitui, ao contrário, capítulo de relevo.
Sobre ser da sua própria natureza, sem o que ela é impossível, as condições de sua vida, onde faltou aquele "afeto que num recanto pôs um mundo inteiro", impuseram essa compensação à sua "meiga e profunda afetividade".
Depois da sabedoria é a amizade o maior presente dos deuses, escrevia Cícero, acrescentando, no seu ensaio célebre, o conselho sábio: preferir a amizade a todos os bens, exceto a virtude, sem a qual não poderia existir.
Se se fizer a história deste nobre sentimento humano ver-se-á quanto lhe deve a espécie.
Faguet, repetindo o grande orador romano, num de seus mandamentos, mostra como os mais belos livros da antiguidade reproduziam conversas entre amigos. Nos tempos modernos, expressa ou oculta, tem tido em muitos casos o seu papel.
Para Faguet os elementos essenciais à amizade são a busca natural do semelhante, horror da solidão, sentimento de própria fraqueza e a necessidade de expansão e comunicação.