e o que é mais diante o Poder Armado, para dizer com sinceridade a fraca constituição de um país, a incapacidade dessa autoridade e os crimes e as fantasias desse poder armado".
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Francisco Escobar é, ao lado de Júlio Mesquita, a quem devemos Os Sertões. Se foi o grande jornalista que proporcionou a Euclides da Cunha a oportunidade da viagem a Canudos, não fosse a ação providente de Escobar e teríamos apenas fragmentos do nosso maior livro.
Chegado a São José do Rio Pardo para a reconstrução da ponte ruída um mês após armada, foi Euclides visitado para logo pelo presidente da Câmara Municipal, Francisco Escobar.
Estabeleceu-se entre os dois grandes espíritos a corrente de simpatia que se tornaria em pouco uma sólida e estreita amizade.
Percebeu desde logo Escobar o homem com quem se defrontava e em pouco iniciou a obra inestimável de assistência moral e material de que tanto precisava Euclides.
Mas não teria escrito Euclides Os Sertões não fosse a amizade de Francisco Escobar. Haverá, um dia, na história do pensamento humano, um lugar destacado para essa espécie socrática de mestres, que nada deixam de si, a não ser a impressão nos que com eles conviveram, felizes se entre estes há um Platão ou um Xenofonte.