Euclides da Cunha a seus amigos

neste ermo de São José do Rio Pardo". Pronto o volume, que deixou de ser apenas o relato de campanha de Canudos para ser o maior livro brasileiro, ainda Escobar conseguiu um sargento da polícia para passá-lo a limpo, em boa grafia. Terminada estava também a ponte. Euclides construíra junto a um dos pegões uma ilha artificial e, à maneira do arquiteto de Herculano, romanticamente, quis ficar sob a ponte, para ser esmagado, se ela ruísse...

Nesta cidade, fundou ele, com Francisco Escobar e Paschoal Artese, um partido socialista, avançado para a época, cujo manifesto este ainda possui. Ao retirar-se, foi-lhe prestada carinhosa homenagem e São José do Rio Pardo é a Meca de euclidianismo, cidade única do Brasil no culto a um grande pensador e que conserva como relíquia e monumento local a tosca barraquinha, hoje protegida contra a destruição do tempo.

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Coelho Neto relata, em Livro de Prata, o seu primeiro encontro com Euclides.

"Foi na manhã de 1 de novembro de 1902, em Campinas.

Trabalhava eu na pequena sala de visitas da casa que, então, habitava, à rua Francisco Glicério, sala em que me instalara com os meus livros, quando me apareceu

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