— Que é? perguntei desconfiado.
— Não imagina! Sabe por que ele se foi naquele repente?
— ?
— Por causa do pote de fumo.
— Do pote de fumo?...
— Sim. Convenceram-no, em São Paulo (algum trocista), de que você, quando se quer livrar de importunos, vale-se desse pote. Toma-o, põe-se a fazer infindavelmente um cigarro e...
— Eu! Ora essa! Que ideia!
— É verdade! Parece incrível que um homem como Euclides caia em esparrelas tais. Pois, meu amigo, saiu feroz e não houve convencê-lo...
"Que sim! Que você o despedira com o pote. E atirou a culpa para cima de mim, porque o obriguei a trazer tamanha maçagada de originais."
"Pois decerto... O homem tem razão. Entrar-lhe um canhestro, como eu, pela casa dentro com um bacamarte destes debaixo do braço... Agarrou-se ao pote. Fez muito bem. Eu faria o mesmo".
— E agora! exclamei desolado.
— Agora... Deixei-o mais calmo. Escreva-lhe você umas linhas para a Pensão Pinheiro. Insista com ele para que volte à noite. Essas e que tais rebentinas são-lhe frequentes, mas passam. É agreste. Fruto selvagem, de aparência híspida; descascado, porém, na âmago é um favo. Enfim... Tente. Pode ser.