Euclides da Cunha a seus amigos

Nenhum juízo podem formar os amigos que o conhecem bem... O que podem é dizer conosco, repetindo o belíssimo voto do poeta:

Deus acompanhe o peregrino audaz..."

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Da mesma época e da mesma intensidade a amizade com Reinaldo Porchat.

Oliveira Lima conheceu-o pelo Os Sertões, quando o recebeu no Japão. De regresso ao Brasil encontraram-se na Academia e foi intermediário junto a Rio Branco da sua candidatura à missão do Alto Purus.

"Eu não conhecia Euclides da Cunha, nem pessoal nem literariamente, até que no Japão, em 1902, era ocasião em que eu veraneava perto do vulcão fumegante do Asaiama, recebi da casa Laemmert o volume dos Sertões. Li-o, não de um trago, mas de muitos tragos, porque não é muito fácil a absorção daquele licor acre e inebriante. Não sei se influindo a sugestão do meio, achei o livro vulcânico, isto é, impetuoso e explosivo: interessante, porém, e sugestivo ao extremo. Pareceu-me uma verdadeira revelação literária, a mais notável que eu jamais presenciaria em minha terra.

Quando cheguei ao Rio, em 1903, meu voto estava lhe dado de antemão para a vaga na Academia a que ele se propunha. Tive com efeito o ensejo de concorrer

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