Euclides da Cunha a seus amigos

"sua" casa intelectual e política, no sentido mais amplo da palavra: isto mesmo depois que passou a escrever frequentemente no "Jornal do Comércio", onde foi tido na mais alta estima".

"Foi este precisamente o aspecto nacional por que o enxergou e louvou o senso crítico do senhor Jaurès, nutrido da concisão e do bom gosto que fazem a sedução da literatura francesa. Euclides da Cunha pareceu ao antigo professor de retórica que a política roubou às letras sem lhe anular o intelectualismo nem lhe amesquinhar a intelectualidade, o mais brasileiro dos nossos escritores. O senhor Jaurès viu bem, viu com a clareza, a lucidez mental do seu país aquilo que Afrânio Peixoto apontou na sua frase exata, chamando Euclides o primeiro bandeirante dessa "entrada" nova pela alma da nacionalidade brasileira".

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A amizade de Domício Gama teve a mesma origem, conforme relata na última página que lhe saiu de sua pena delicada e suave de artista.

"Segura e dedicada como foi, minha amizade com Euclides da Cunha não terá durado mais de cinco anos. E não foram as letras, foi o serviço do Brasil que nos aproximou. José Veríssimo pedira-me que obtivesse do Barão do Rio Branco para o autor dos Sertões um lugar de auxiliar numa das comissões de exploração do

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