Viagem ao país dos paulistas

Ensaio sobre a ocupação da área vicentina e a formação de sua economia e de sua sociedade nos tempos coloniais

se foi colorindo a paisagem econômica, social e cultural dessa área cujo núcleo foi a primitiva Capitania de São Vicente.

Não é ensaio de história política ou crônica de ocorrências importantes do passado de Piratininga, e muito menos livro de catalogação de heróis ou louvação de antepassados. E sim a tentativa — tanto quanto possível imparcial — de registrar a função que tiveram, dentro da vivência histórica do País dos Paulistas, o reinol, o bugre, o negro, o mamaluco, o bandeirante, o jesuíta, o minerador, o tropeiro, o senhor de engenho.

Procura o autor mostrar como e por que parte dos moradores da costa subiu para o planalto e foi conquistando os Vales do Paraíba, do Mogi Guaçu, do Tietê, do Ribeira. O que plantava, beneficiava e manufaturava a gente paulista dos primeiros séculos — e como transportava os seus produtos de comércio. Como eram os seus arraiais, as suas vilas, as suas habitações. Como se vestiam e se alimentavam os habitantes de São Paulo na fase colonial — e quais os seus usos, os seus costumes, os seus horizontes, o seu teor de existência.

A maior contribuição do autor ao conhecimento do passado remoto da região paulista parece estar no fato de que — sem se afastar do tom de narrativa e usando de uma linguagem acessível a qualquer tipo de leitor — se ateve às coordenadas cronológicas da história colonial de São Paulo e procurou sistematizar e dar unidade a um assunto que tem sido abordado, de vários ângulos, por numerosos autores.

Viagem ao país dos paulistas - Prefácio 2 - Thumb Visualização
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