Viagem ao país dos paulistas

Ensaio sobre a ocupação da área vicentina e a formação de sua economia e de sua sociedade nos tempos coloniais

VIAGEM AO PAÍS DOS PAULISTAS

Ernani Silva Bruno — cuja obra de estreia, História e Tradições da Cidade de São Paulo, publicada por esta editora em 1953, mereceu as melhores referências de toda a crítica brasileira — põe em foco, no livro que ora damos à publicidade, a formação territorial, econômica, social e cultural de São Paulo no decorrer do período colonial (1500-1822).

Antes de mais nada, Viagem ao País dos Paulistas, de Ernani Silva Bruno, é trabalho credenciado pelo fato de que, entre 21 ensaios sobre assuntos brasileiros, foi o escolhido, por unanimidade, para receber o Prêmio Otávio Tarquínio de Sousa, de 1964, por comissão de três escritores — Sérgio Buarque de Holanda, Antônio Cândido e Francisco de Assis Barbosa — cuja categoria e renome intelectual dispensam quaisquer adjetivos.

Conta o autor, através de cinco tempos — Tempo dos Pioneiros (1500-1580), Tempo da Caça ao Bugre (1580-1640), Tempo da Busca do Ouro (1640-1730), Tempo do Comércio de Gado (1730-1775) e Tempo da Indústria do Açúcar (1775-1822) — a história do País dos Paulistas (assim foi chamada a terra de São Paulo na era colonial) desde a chegada dos primeiros europeus à costa de São Vicente até à independência política do Brasil.

O propósito de Ernani Silva Bruno — como escreve em breve nota de introdução — foi o de encadear todos esses tempos em uma narrativa que pudesse dar ao leitor, de uma parte, o sentido geral da formação colonial paulista e, de outra, a medida de sua extensão territorial em cada etapa do seu desenvolvimento e os matizes de que

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