mandato de Rodrigues Alves, e influiu decisivamente no desenvolvimento posterior da história republicana.
A crise política foi consequência da econômica e exprimiu-se na divergência entre os governos paulista e federal, no tocante à iniciativa da valorização do café.
Acompanharemos sucintamente alguns antecedentes.
Em 1895, o deputado fluminense Érico Coelho apresentou projeto instituindo, em favor da União, o monopólio da exportação do café. Esta medida radical, que só veio a se concretizar muitos anos mais tarde, não teve andamento. Não encontrava, na época, condições favoráveis.
Em 1897, outras tentativas fracassaram no Congresso. O deputado mineiro Ildefonso Alvim tentou inutilmente criar uma comissão mista de deputados e senadores, que preparasse lei de auxílio à lavoura cafeeira, e a Câmara, aceitando parecer de Calógeras, recusou crédito para a criação da propaganda do café no exterior, com vistas a aumentar-lhe o consumo. Calógeras apresentou o ponto de vista da economia liberal; para ele competiam à iniciativa privada "as despesas imprescindíveis à conquista de novos mercados, cabendo apenas aos poderes públicos, indiretamente, auxiliar tais tentativas".
Em 1898, Alfredo Ellis, então deputado por São Paulo, propôs que o governo federal nomeasse agentes especializados que estudassem, nos mercados de consumo, as razões da crise e os processos de debelá-la.
Em 1899, o economista Joaquim Franco de Lacerda apresentou importante estudo sobre o problema.(2) Nota do Autor Depois de referir-se à queda dos preços do café, que se acentuava havia três anos, observava: "Dois caminhos temos a seguir (...): ou reduzir o total do que importamos (...) ou então valorizar os preços do café."
O corte nas importações seria ruinoso, segundo Franco de Lacerda, porque os impostos alfandegários (então os mais importantes) declinariam, trazendo o deficit orçamentário, as emissões e a miséria interna. A alta do câmbio, sem o aumento do valor-ouro do café (base da exportação) era também ruinosa, porque o valor-ouro da moeda subindo, descia em correspondência o