casa. O segundo só pensava em fortalecer a sua cidadela, de onde, como provinciano visceral, não desejava sair.
No dia 5, os jornais exaltados falavam abertamente na morte de Rodrigues Alves e na renúncia de Delfim. Quem estaria por trás disso: partidários de Rui, de Nilo ou de outro?
No dia 8, o Senador Ellis chegou a São Paulo e disse a Altino ser muito grave a situação no Rio. Quis ver o presidente, mas foi impedido "pelos rapazes". Já se falava francamente na chapa Rui Barbosa-Borges de Medeiros para substituir aquele governo inviável. Altino não deu grande crédito à notícia.
No dia 14, as condições do enfermo tornaram-se extremamente precárias. Álvaro escreveu a respeito. Oscar telegrafou do Rio, pedindo a vinda imediata do Dr. Valadão, mas também da filha Celina e do genro, Cardoso de Melo. O fim se aproximava. No dia 15, embarcaram para o Rio o médico, a filha e o genro.
O estado de Rodrigues Alves denunciava-se desesperador. Reconhecia perfeitamente as pessoas, falava com os filhos, mas já não recebia ninguém.
Por volta das 20 horas daquele dia, o Vice-Presidente Delfim Moreira foi visitá-lo, acompanhado de oficiais dos seus gabinetes civil e militar. O chefe do governo foi recebido, nos salões do primeiro andar, por Rodrigues Alves Filho e pelo Senador Álvaro de Carvalho, em nome da família. Ambos, segundo o Jornal do Comércio, que noticiou a visita no dia seguinte, "informaram não ter o ilustre enfermo apresentado melhoras sensíveis".
Delfim regressou ao Catete sem ter podido se avistar com o presidente.(1) Nota do Autor
Pelas seis da tarde, a neta mais moça, que errava atarantada entre as salas de baixo, cheias de gente, e os quartos de cima, onde a mãe e os tios se entrecruzavam nas pontas dos pés, assustou-se ao ver a tia Isabel prorromper em choro aberto, dizendo claramente que o pai estava morrendo. Anah sentiu, pela primeira vez, aquela proximidade da morte, na imagem do