D. Pedro

Jornada a Minas Gerais em 1822

AO LEITOR

FOI NOSSO INTUITO, ao elaborar este ensaio, reconstituir, além da viagem do Príncipe Regente à capitania de Minas Gerais, o antigo Caminho Novo, aberto ainda nos princípios do século XVIII, e em 1822 também conhecido como Caminho Real ou da Corte.

Para a reconstituição das 14 jornadas feitas pelo real viajante, lançamos mão do único documento a respeito — pelo menos de nosso conhecimento — Apontamentos de Estêvão Ribeiro de Resende, o Marquês de Valença.

Para a reconstituição, entretanto, fomos consideravelmente auxiliados por diversos viajantes dos princípios do século XIX. Estes, trilhando o famoso e áspero caminho, registraram suas impressões, elogiando ou maldizendo ranchos, pousadas ou habitantes. A esses sítios ou pontos, damos muita importância, pois são eles que personalizam o caminho, à feição, de marcos sucessivos, alguns resistindo ao tempo e ao progresso, chegando assim até nossos dias.

Nas pranchas que ilustram o livro, só aparecem os locais que conseguimos identificar, ficando os outros — e são vários — constando somente do texto. São muitos os pontos ou sítios desaparecidos, e que não passaram nunca de meras vendas ou ranchos, em geral pertencentes às fazendas que os mantinham, e até mesmo exploravam, emprestando-lhes o próprio nome. Em boa parte não sobreviveram às tropas e boiadas, extinguindo-se com estas. Não podendo localizá-los todos, mencionaremos, contudo, suas presenças no final de cada jornada, na ordem em que são citados ou registrados em documentos cartográficos da época.

D. Pedro - Prefácio 14 - Thumb Visualização
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