Escravidão Negra em São Paulo

Um estudo das tensões provocadas pelo escravismo no século XIX

E para constar fis este Termo, que assignarão Juis, e officiais.

Eu Manoel Francisco Monteiro Escrivam de Paz o escrevi = Cunha = Joaquim Jose Soares de Carvalho = João Maria de Couto =

PERGUNTAS A JOÃO MONJOLO, DA FAZENDA DO TACOARAL

Aos vinte, e hum de Fevereiro de mil oito centos trinta e dous, nesta villa de São Carlos em casas do Juis de Pas Jose da Cunha Paes Leme, por elle e mais officaes abaixo assignados procederão nas perguntas ao escravo João Monjolo, o qual nada disse.

Epara constar fiz este Termo que assignarão.

Eu Manoel Francisco Monteiro Escrivam de Paz o escrevi = Cunha = Joaquim Jose Soares de Carvalho = João Maria de Couto =

PERGUNTAS AO ESCRAVO MARCELINO

TROPEIRO DE JOAQUIM JOSE DOS SANTOS


Elogo no mesmo dia declarado no termo enfronte, procedendo se na repregunta ao escravo Marcelino Tropeiro de Joaquim dos Santos;

Declarou mais, que na occazião que entregou as cinco patacas a João Barbeiro em São Paulo, no Portão do Bexiga, o dito Barbeiro man dizer digo Barbeiro mandara dizer ao Diogo de joaquim dos Santos que o dinheiro que lhe tinha mandado era pouco, e que tratasse de mandar maior remessa, e que no Rio de Janeiro os escravos já estavão libertos, e em São Paulo já se tinha dado baixa, aos vermelhos, e que se hião assentar praça nos pretos, ficando elles todos libertos e mandou dizer ao escravo João do Monjolinho, filho do falescido Pedrinho, que o esperasse cá em hum capão de Matos, entre o Santo Antonio e o Monjolinho que elle pelo Natál, ou o mais tardar pela Quaresma, e que elle vinha a esta trazendo em sua companhia huma porção de escravos para se reunirem com sua existencia, faria a participação as escravaturas dos Engenhos para se reunirem para guerrearem com os brancos, eficarem ha sua liberdade, o que o dito Barbeiro pretendia viajar de noite da cidade a té o capão dito do Monjolinho.

Esendo chamado o dito João para ser interrogado, não foi possivel conseguir-se por andar fugido.

Do que para constar mandou elle Juis de Pas lavrar este Termo que assignou com os officiaes Promotor, e Curador depois de lido por mim Manoel Francisco Monteiro Escrivão de Pas e escrevi = Cunha = Joaquim Jose Soares de Carvalho — João Maria de Couto =

TERMO DE PERGUNTAS AO ESCRAVO JOAQUIM CONGO DE FRANCISCO BORGES, EM CONSEQUENCIA DE HUMA PINTURA QUE SE ACHOU EM SUA MÃO

Aos vinte e trez dias do mez de Fevereiro de mil oito centos trinta e dous annos, sendo pelo Juiz de Paz, e mais officiaes interrogado o escravo Joaquim congo de Francisco Borges da Costa como lhe tinha hido parar às maons huma pintura que se lhe aprezentou de hum negro coroado e hum branco, pondo lhe a coroa na cabeça, respondeo que Manoel de Nação Rebolo escravo do capitam Silverio Gurgel do Amaral Coitinho lha tinha vendido esendo este chamado,

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