e Francisco Sales) não aceitavam essa indicação. Não preciso dizer a meu amigo que manifestei, sobre a grande personalidade do nosso glorioso patrício, o juízo que fazem todos os brasileiros. Não me cabia, porém, aceitar ou recusar a sua candidatura, mesmo porque o General Pinheiro Machado não me fazia uma consulta, e sim me punha ao fato dos acontecimentos, conforme declaração que me fez. Compreende que não posso entrar nas discussões e polêmicas que o assunto vai despertando, mas cumpro um dever dissipando do espírito do meu amigo o equívoco em que labora, habilitando-o a formular juízo seguro sobre tão momentoso assunto. Terei mais tarde oportunidade para mostrar que na apreciação de minha ação meu amigo fez obra por informações inexatas ou incompletas conforme ponderei em minha carta de dezembro."
A esta carta respondeu Rui Barbosa:
"Rio, 21 de Maio de 1909
Meu caro Afonso Pena
Obrigado pela sua carta de ontem de noite e pela retificação que ela contém. No ponto a que ela se refere, porém, ou em qualquer outro, se houve quebra de exatidão, não foi de minha parte.
Cogitando na candidatura do Barão do Rio Branco, bem vi que ele, seu ministro, não a podia aceitar sem o seu placet. Por isso ficou assentado formalmente, entre mim e o Senador Pinheiro Machado, que ele com V. conversaria a este respeito, solicitando o seu assentimento. Dias depois se me comunicou havê-lo V. recusado. Como imaginar eu que esta não fosse a expressão da verdade? Se o não é, lamento que outros, em quem eu não podia deixar de confiar, não a guardassem?"(2) Nota do Autor
Na carta a Glicério e Azeredo, Rui Barbosa insistira nessa solução: