pela figura de Rui Barbosa, não lhe impediu perceber que não seria jamais um chefe maleável. Por isso apadrinhou e coordenou a candidatura Hermes.
Mas o marechal, recebendo no dia 18, em sua residência, à Rua Guanabara, uma delegação de parlamentares, exigiu, para aceitar a candidatura, o beneplácito de Rui Barbosa e do Barão do Rio Branco. Hermes da Fonseca Filho, em sua obra acima citada, menciona, além desses, três outros nomes. Seriam eles: Rodrigues Alves, Albuquerque Lins, Venceslau Brás, Rui e Rio Branco.(4) Nota do Autor Venceslau já estava incluído na chapa, por sugestão de Lauro Müller, o que valeu a este o apelido de "Raposa de Espada à Cinta", conferido por Pinheiro Machado. Albuquerque Lins, já empenhado em movimento contrário, foi excluído do citado conselho. Rodrigues Alves "absteve-se de dar sua opinião em público, justificando essa sua atitude em atenciosa carta ao Senador Pinheiro Machado".
Rio Branco, continua o mesmo autor, "não soube dar logo o seu parecer; tinha conhecimento perfeito da efervescência e da ebulição tremenda que se iam adensando, e já tivera mesmo ocasião de trocar algumas palavras com o Marechal Hermes sobre a situação [...] Conversaram longamente; Hermes da Fonseca revelou sinceramente o seu profundo receio em se ver envolvido. Rio Branco teve esta frase: '— Marechal, o seu lugar é no Ministério da Guerra!'"
"Hermes alvitrara", continua o mesmo autor, "a possibilidade de Rio Branco e ele sugerirem a Afonso Pena e aos políticos o nome do Conselheiro Rui Barbosa para solucionar a questão. Lembraram-se, contudo, da forte indisposição que surgira entre Rui Barbosa e Afonso Pena."
O autor passa muito por alto nesse trecho. Que indisposição tão forte era essa entre Rui e Afonso Pena que apenas trocaram cartas, extremamente afetuosas, discordando de uma candidatura?
A frase atribuída a Rio Branco, de qualquer modo, é altamente significativa. A opinião do barão sobre Hermes nem sempre fora muito favorável. As notas de seus auxiliares mais próximos são sempre desfavoráveis à solução militar.(5) Nota do Autor
Numa conversa no gabinete do diretor da Biblioteca Nacional, na famosa Academia Garciana, anos de 1950, Elói de Sousa,