A 22 Tavares de Lira foi a palácio a fim de pô-lo a par dos resultados da Convenção. "Chovia e a umidade era grande." O presidente permanecia febril e deprimido.

A 27 presidiu pela última vez um despacho ministerial. Foi rápido o final. A moléstia progredia. Daí por diante guardou o leito. A 31 ainda recebeu o ministro da Justiça para um caso urgente. Fê-lo em seus aposentos particulares. "Extremamente fraco." A 3 de junho recebeu pela última vez o ministro. Não gastou mais de dez minutos para, da própria cama, assinar alguns decretos, "para que não se pensasse lá fora que seu estado era muito grave". "A 7 não pude mais vê-lo. Recebeu-me a 8 pela última vez." A 11 já encontrou o presidente, por ordem dos médicos Miguel Couto e Carlos Boto, em repouso absoluto. O estado de saúde se agravara extremamente.

No dia 12 as apreensões aumentaram por parte do secretário, Dr. Edmundo da Veiga. Tavares de Lira procurou então Miguel Couto que disse claramente ter poucas esperanças de recuperação. Urgia, assim, para manutenção da ordem pública, emitir um boletim médico.

O primeiro boletim, de 12, não chega a ser alarmante:

"O Ex.mo Sr. Presidente da República, no decurso de uma infecção gripal, de forma torácica, de que foi acometido, apresenta atualmente sintomas dependentes de um ataque às funções pneumogástricas. O seu estado inspira cuidados."

Convocado pelo ministro da Justiça, reuniu-se na mesma noite todo o ministério, perante o qual os médicos, Miguel Couto e Carlos Boto, expuseram minuciosamente o que vinha sendo feito, em pura perda, para salvar o doente. O ministro da Justiça expôs, por seu turno, as comunicações feitas ao vice-presidente, aos chefes dos demais poderes da União e aos governadores dos Estados. Era preciso assegurar uma sucessão regular, ou, no caso de melhora, uma substituição interina.

É preciso, para compreender esses cuidados, saber que a imprensa já dava notícias da formação de um golpe por parte de desinsofridos, para entregar o poder ao candidato militar, imediatamente.