não ter sido bastante ponderada, contestação com a qual concordou o marechal em todos os seus termos, o Sr. Presidente declarou ao Sr. Ministro que resolvesse a respeito do seu pedido de exoneração. Por sua vez o Sr. Ministro pediu licença para retirar-se; declarando que esperaria a decisão presidencial. Interveio então, depois de pedida vênia, o Sr. Ministro do Interior, lembrando que no estado de agitação dos espíritos não seria conveniente a solução de tão importante caso. À vista dessa criteriosa ponderação, aplaudido pelo presidente, o Sr. Marechal declarou que retirava o seu pedido de exoneração.
Até depois da conferência ignorava-se em palácio que a carta do Marechal Hermes fosse conhecida de vários políticos, antes era reputada um documento particular. Só às três horas chegaram ali os jornais da tarde, estampando um deles — A Tribuna — um resumo dela, muito aproximado da verdade.
O Marechal Hermes retirou-se da conferência profundamente emocionado e na Secretaria abraçou comovidamente o Almirante Alexandrino.
Durante a conferência, o Marechal Hermes teve ocasião de dizer que o exército, inteiramente unido e perfeitamente disciplinado, estava todo ao lado do presidente, afirmação que S. Ex.ª fizera em diversas ocasiões.
Como ficou dito o presidente não solicitou declaração alguma do ministro da Guerra, assim como nunca lhe perguntara qual o pensamento do exército a respeito da candidatura Campista, nem lhe pedira que aconselhasse a sua aceitação àquela classe, sendo absolutamente falso o que se afirma nesse sentido por ocasião da crise."