QUERO-QUERO — s. — Pássaro que vive só nos campos. É um dos mais interessantes do Estado. Vive aos casais constituindo, às vezes, bandos de algumas dezenas. É valente e com muito ardor defende o seu ninho e filhotes, atacando para tanto o homem e o animal que dele se aproxima. (L.C.M.)
R
RAMADA — s. — Espaçosa cobertura com telhado de palhas ou ramas, sem paredes.
RANCHO — s. — Choça campeira com paredes de barro, teto de palha e piso natural de terra.
RECADOS — s. — O arreamento de montaria. /Recaus em castelhano. (L.C.M.)
RÉDEAS — s. — De rédeas no chão — diz-se do cavalo muito fiel. (L.C.M.)
RINCÃO — s. — Recanto formado por acidente natural. Em sentido figurado é sinônimo de pagos: meu rincão, o lugar em que nasci, ou lugar onde moro. (L.C.M.)
RODADA — s. — Queda que leva o cavalo, quando montado ou não. (L.C.M.)
RODEIO — s. — Ajuntamento do gado em campo aberto, para diversos misteres. O gado facilmente se habitua a esta prática. (L.C.M.)
S
SALADEIRO — s. — Estabelecimento onde se prepara a carne-seca e demais produtos da rês, por métodos mais adiantados do que os praticados nas simples charqueadas. (L.C.M.)
SANTA-FÉ — s. — Gramínea que vegeta perto dos banhados. É utilizada para quinchas ou cobertura de ranchos e casa, sendo, por isso, de grande utilidade na zona rural. A sua classificação botânica é Panicum Prionitis Nees. (L.C.M.)
SERIGOTE — s. — Uma espécie de lombilho, cujos cepilhos são mais altos do que o desses e de formato mais elegante. (L.C.M.)
Nota: — Cezimbra Jacques registra: "O uso do lombilho primitivo foi substituído em 1870 mais ou menos pelo de uma outra espécie denominado serigote, palavra de origem alemã e corruptela da frase — Das ist sehr gut — que um gaúcho teria ouvido de um fabricante alemão em elogio ao novo produto que lhe oferecia."
T
TAPERA — s. — Casa ou rancho abandonado, fora das cidades. Em tupi: tava puera — aldeia abandonada. (L.C.M.)
TAPES — s. — Denominação de uma das tribos indígenas, já extintas, cujo nome passou para a região que habitavam. / Serra dos rios tributários do Camaquam e Lagoa dos Patos. (L.C.M.)
TAVA — s. (cast.) — Jogo do osso. Tava é também o osso com o qual se pratica esse jogo. É uma espécie de jogo de cucarne, ou de ganizes.
TATU — s. — Há diversas espécies de tatus no Rio Grande do Sul. O mais popular é o tatu mulita. O tatu foi sempre cantado na poesia popular. (L.C.M.)