Ensaios sobre história politica e administrativa do Brasil

1500-1810

como por exemplo sucedeu a Martim Lopes procônsul de São Paulo.

Era a extensão lusitana da contínua prática do aforismo corrente em toda a América espanhola: Deus está muito alto e El Rei muito longe. A lição concernente à situação de índios e africanos e à legislação a eles referente é das mais atraentes do curso. Constitui a evocação de repositório da hipocrisia legisladora dos séculos em cujo decurso tanto praticaram os brancos o homo homini lupus na defesa do célebre prolóquio do Pas d'esclaves pas de colonies!

Pela lição VIIIª fica o leitor ao corrente das variações dos regimes administrativo e tributário da exploração mineira.

Talvez coubesse aí maior desenvolvimento ao estudo da atuação de Salvador Correia de Sá e Benevides em meados do século XVII, quando por pertinaz instigação junto a Dom João IV mandou o monarca que se fundasse a primeira casa da moeda do Brasil, a de São Paulo em 1615.

Seria interessante alargar um pouco tão importante capítulo: o dos quintos e da capitação, com uns informes sobre a produção do ouro e a avaliação da população servil mineradora.

É de justiça lembrar porém quanto posteriormente à lição garciana de 1932 se alargou o quadro dos nossos conhecimentos em tal particular.

Capítulo sobremaneira interessante, e como cotejo, à maioria dos leitores alheio ou quase alheio é o da lição IXª que trata da legislação repressora da emigração estrangeira colonial e o afinco da proibição de comunicações com os territórios auríferos. Está referta de informações pitorescas e talvez fosse interessante ainda ampliá-lo com dados sobre a movimentação

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