famoso Conselho são as mais justificadas e constituem um dos melhores trechos da obra.
Não menos ilustrativas as que nos falam da Mesa de Consciência e Ordens, esta menos importante, aliás, assim como aos Conselhos da Fazenda, de Guerra e do Estado que com o correr dos anos como que se conglobaram no Conselho Ultramarino. O tribunal da Bula de Santa Cruzada que teve regimento no reinado do último Felipe era instituição religioso-fiscal, dotada de privilégios consideráveis, por vezes excepcionais, decorrentes de uma circunstância desaparecida com o policiamento dos mares e a desnecessidade de se resgatarem os apresados pelos corsários barbarescos.
Estendendo o âmbito do assunto trouxe-nos Garcia novidades de relevante vulto acerca do primeiro estabelecimento postal cabendo-lhe a prioridade da revelação de documentos ultramarinos muito interessantes.
A narrativa da grande crise econômico-financeira de fins do século XVII também lhe mereceu sucinto apanhado merecedor aliás de que se lhe adicionassem referências aos tão típicos motins da baixa da moeda ocorridos em São Paulo, na sétima década seiscentista.
O mesmo se deu com o capítulo consagrado às casas dos quintos e da moeda, surtas com o enxurro do ouro das Minas Gerais, assunto a que o nosso autor se esquivou por lhe parecer escapar ao escopo do seu programa.
Páginas do mais elevado realce são as destinadas à análise do regimento seiscentista expedido ao Governador Geral Roque da Costa Barreto, ampliado e comentado pelo penúltimo vice-rei Dom Fernando José de Portugal e Castro (marquês de Aguiar) então Capitão, General da Bahia. Ao ver do sábio autor constitui "o