foi designando, ainda segundo o calendário, todos os pontos do litoral que ia perlongando. Nos mares do sul a esquadrilha demorou-se bastante tempo, de modo que somente a 7 de setembro de 1502 estava de volta a Lisboa.
A seguir, em 1503, tem-se outra expedição, esta mais numerosa em navios do que a precedente. Compunha-se de seis naus e delas era capitão-mor Gonçalo Coelho, segundo Humboldt opinou, e depois dele Varnhagen e Luigi Flughes, com a maioria dos historiadores modernos; Vespucci comandava um dos navios. Seu destino era Malaca, "no Levante, passando pelo Sul" — uma ilha que se reputava muito rica, e que poderia servir de entreposto às naus que viessem do Ganges e do mar das Índias. Já então, tanto portugueses como castelhanos, começavam a preocupar-se com descobrir uma passagem através das terras reconhecidas a oeste das Antilhas, pela qual se pudesse ir diretamente ao país das especiarias. Largando de Lisboa a armada de Gonçalo Coelho em 10 de maio de 1503, navegou em direitura às ilhas do Cabo Verde, onde querenou e tomou refrescos por espaço de 13 dias; dali velejou com rumo à Serra Leoa, em cujas alturas foram tantas as tormentas, e os ventos tão contrários, que lhe não deixaram tomar terra, de modo que se viu forçada a seguir a monção de sudoeste, que a devia trazer às costas do Brasil. Teria coberto a distância de 500 léguas e passado a linha equinocial, quando se achou em frente de uma ilha alta e desabitada, depois identificada como a de Fernando de Noronha, a 30º, 50' de latitude sul. Aí, por ter batido em um cachopo, afundou-se a capitânia, na noite de São Lourenço (10 de agosto). Esse naufrágio determinou a dispersão da armada. O capitão-mor passou-se