dinamarquês e alemão, Brasilien. Do mesmo modo temos o alemão Italien, Sicilien, etc. Em nenhuma dessas línguas, emprega-se o artigo. Segui nesta obra o uso comum e omiti, portanto, o artigo.
O emprego do artigo precedendo os nomes de localidades e regiões brasileiras é muito complicado, e os escritores estrangeiros no país estão sujeitos a cometer enganos na certa. Isso se dá em especial para com os nomes das províncias. Muitos desses se derivam de nomes de rios, como Amazonas, Pará, Paraíba, etc., e são precedidos do artigo, o que também se dá para Ceará e Alagoas (plural), Bahia e Espírito Santo; mas os que se originam de nomes de santos, juntamente com Pernambuco, Sergipe, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás, não levam artigo. Dificuldade semelhante se encontra nos nomes de rios, serras, etc., sendo impossível dar uma regra geral para guiar os que escrevem. A maioria dos autores ficam impressionados com a ideia de que o português não passa de um mau espanhol, e que se acerta quando se escrevem os nomes brasileiros à moda espanhola; vemos assim muitos de nossos melhores escritores empregarem San Francisco em lugar de São Francisco. O único meio seguro parece ser escrever os nomes geográficos exatamente como o fazem os próprios brasileiros.
O Brasil, no que diz respeito a clima, habitantes e produções, era, na época de seu descobrimento, totalmente diferente da Europa. Não dispunham, portanto, os colonizadores de nomes apropriados para as coisas que viam diante de si. Tal não se deu na América do Norte, onde os primeiros exploradores encontraram animais e plantas semelhantes aos da Europa, podendo reconhecer o urso, a raposa, o bacalhau, o arenque, o carvalho, etc. No Brasil, porém, tudo era novo, o que fez com que se adotassem os sonoros nomes indígenas que foram incorporados à língua, estando a língua portuguesa recheada deles