Acha-se ligado por uma passagem de mil pés de altura a outro maciço ao norte do primeiro, que culmina num pico em cone agudo denominado Tijuca, com 3.447 pés de altura. A serra da Tijuca se liga a outro grupo de montanhas que se prolongam por várias léguas a oeste. Para o lado oeste da Gávea, estende-se um traço de terras planas elevando-se poucos pés apenas acima do nível do mar, interrompida por numerosas lagoas, algumas de tamanho considerável. Entre as montanhas que descrevemos e a Serra do Mar, estende-se uma vasta região de baixadas, em alguns pontos completamente planas e muito baixas, em outros entremeadas de elevações. Vi apenas essas terras do comboio da estrada de ferro, mas suponho que, muito provavelmente, grande parte delas seja constituída por camadas de argilas estratificadas, como as da Estrada de Ferro de Cantagalo, que em breve serão descritas. A Serra do Mar, bem como todas as suas dependências, inclusive as montanhas dos órgãos e de Cantagalo, são, como já se disse, compostas de gnaisse.

No Rio de Janeiro, os gnaisse variam muito em textura. Apresentam em comum a ocorrência em leitos homogêneos muito espessos, variando de uma espécie porfirítica extremamente grosseira, contendo grandes cristais de mica preta e cristais de feldspato róseo de algumas polegadas de comprimento, a uma bela variedade cinzento clara, compacta, de granulação uniforme. Apresenta-se às vezes nitidamente laminada, fendível, flexível, ou xistosa. As granadas aparecem muito frequentemente. O país pode ser aparelhado em grandes dimensões para fins de construção em todas as direções, e as espécies mais finamente granuladas são muito empregadas na pavimentação das ruas, não só do Rio como de outras cidades do litoral. As numerosas pedreiras fornecem excelentes blocos. A coesão que dificulta a fratura e a superfície unida da rocha são notáveis. Muitos dos morros são monolíticos.