regras da ordem, ou muito dado às questões teológicas. Assim o demonstram, pelo menos, muitos episódios de sua vida, sendo o mais conhecido aquele de sua prisão em Espanha. (1)Nota do Tradutor
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André Thevet tomou, ainda bem moço, o hábito de franciscano (cordelier). Mas, embora comprometido com os estudos de teologia, sua atenção estava toda voltada para as ciências profanas. Atraído, pois, para as ciências profanas, devorou numerosos livros de história natural e de geografia e, em seguida, ávido por conhecer os países estranhos, dos quais lhe falavam tais livros, obteve permissão para viajar. Daí em diante, passou uma boa soma de anos a percorrer o mundo (a Itália, a Grécia, Quio, Constantinopla, Chipre, a Ásia Menor, Rodes, o Egito, a Arábia, a Palestina, o Líbano, Malta). E era com os amigos — muitas vezes até amigos de última hora — que Thevet obtinha auxílio para as suas longínquas viagens de globe-trotter. Os amigos, aliás, tiveram uma grande parte na vida de Thevet. Foram os amigos que lhe deram tudo; o cardeal de Lorena, que facilitou sua visita ao Oriente; outro cardeal, o de Sens, que o ajudou na impressão de suas obras; o embaixador genovês, que o conduziu à Constantinopla; o sábio Pierre Gyllius, que o levou à Calcedônia; Villegagnon, que o transportou ao Brasil; a rainha Catarina de Médicis, que o nomeou seu esmoler; o presidente Bourdin, que lhe franqueou a biblioteca;