o poeta Dorat, que o pôs em contato com os literatos da Pleidade. É verdade que os amigos, a quem Thevet melhor estimava, eram os navegantes e exploradores das terras excêntricas, desde o mais humilde piloto das Índias até os capitães do renome e da glória de Cartier.
Só em 1554 Thevet retornou à França, onde mandou imprimir a narração de sua acidentada viagem ao Oriente. (1)Nota do Tradutor E o seu engajamento na frotilha de Villegagnon foi uma consequência lógica das coisas. Thevet, como se poderia dizer hoje em dia, tinha feito a sua cama e nela se achava confortavelmente deitado. A Cosmographie du Levant consagrara-o como geógrafo e narrador de viagens. Além disso, é possível que o trêfego monge houvesse participado de uma expedição misteriosa ao Brasil, aí por volta do ano de 1550, fato esse que passou despercebido a Gaffarel. (2)Nota do Tradutor De qualquer modo, por um motivo ou por outro, vamos encontrar o autor das Singularidades no cargo de esmoler do almirante francês, diz-se que por indicação do cardeal Carlos de Lorena, sobrinho de seu primeiro e homônimo protetor. O próprio rei não teria sido indiferente à participação do frade na viagem. Pelo menos, é o que afirma Thevet, com aquele seu jeito muitas vezes obscuro e ambíguo de escrever. (3)Nota do Tradutor
A frotilha de Villegagnon, composta de três navios — dois artilhados e um de provisões — deixou o Havre pela tarde de doze de julho de 1555. Tempestades forçaram os barcos a tornar à França, isto é, a Dieppe, onde a reparação dos navios durou quase um mês. Muitos gentis-homens, operários