correu mundo, atraindo a atenção dos naturalistas (naquele tempo se diziam os filósofos). (1)Nota do Tradutor Também foi Thevet quem talvez primeiro descreveu a cutia, (2)Nota do Tradutor — animalzinho do tamanho de uma lebre mesclada, pelo duro como o do javali, glabro no dorso, de pé bifurcado qual o do porco, que vivia exclusivamente de frutas e cuja carne era muito apreciada pelos índios. Isso, por exemplo, quanto aos animais. Das plantas divulgadas inicialmente pelo frade a mais conhecida é o agaí, também vulgarmente chamada chapéu-de-napoleão, cujo caroço, da grossura de uma castanha comum, tem a forma de um delta grego e servia para a fabricação das campânulas usadas pelos selvagens às pernas. O agaí é venenoso e tem quase a altura da pereira, sendo as folhas, perenalmente verdes, de três a quatro metros de comprimento. "A casca (acrescenta textualmente Thevet) é esbranquiçada. Quando se decepa algum dos seus galhos, deita um suco também branco, quase de cor do leite. A árvore, cortada, exala um cheiro estranhamente fétido". Como se vê desse resumo, Thevet descreveu satisfatoriamente a célebre apocinácea (no texto, Ahouaï), observando a drupa obovoide-trígona, o suco lactescente e a sua qualidade de planta tóxica, motivo porque tomou ela o nome de Thevetia ahouai DC. (3)Nota do Tradutor Aliás, essa qualidade para botânico já foi notada por F. C. Hoehne, o qual afirma que Thevet descreve admiravelmente a brejaúba e, ao contrário de Léry, não a confunde com o ébano. (4)Nota do Tradutor