Cairé, cairé nú
Manuára danú çanú
Eré ci erú cika
Piape amu
Omanuara ce recé
Quahá pitúna pupé.
Não entendo os dois primeiros versos; os outros significam:
Eia, ó minha mãe (a lua); fazei chegar esta noite ao coração dele (do amante) a lembrança de mim.
O nome da lua cheia era Cairé, o da lua nova Catiti; esta tinha sua invocação distinta da que dirigiam à lua cheia, se bem que com o mesmo fim.
A invocação à lua nova é a seguinte:
Catiti, Catiti
Imára notiá
Notiá imára
Epejú (fulano)
Emú manuára
Ce recé (fulana)
Cuçukui xa ikó
Ixé anhû i piá póra.
Não entendo o terceiro e o quarto versos; o primeiro e os últimos dizem o seguinte:
Lua nova, ó lua nova! Assoprai em fulano lembranças de mim; eis-me aqui, estou em vossa presença; fazei com que eu tão somente ocupe seu coração.
Estes cantos são ainda repetidos nas populações mestiças do interior do Pará, e, como disse, conservo deles também a música.(18)Nota do Autor