O Selvagem

satisfatoriamente resolvido quando atendermos aos dois elementos: o europeu e o americano.

A grande França, pela voz eloquente do sr. De Quatrefages, nos está a bradar que, como elemento de trabalho, nenhuma raça nos é tão proveitosa como a do branco acentuado pelo sangue do indígena.

E, ao passo que importamos o branco, que nos é aliás essencial, me parece que devemos atender também a um milhão de braços indígenas não menos preciosos, porque é a estes, mesmo por causa de sua pouca civilização, que está reservada a missão de ser o precursor do branco nos climas intertropicais, desbravando as terras virgens, desbravamento que o branco não suporta.

Não queremos isso, porque nós os brasileiros temos tanto que fazer no presente, que dificilmente podemos olhar para as questões do futuro, ainda as mais importantes.

Para aqueles, porém, que hão estudado o país real sem preocupações, o problema de seu povoamento só tem uma solução complexa.

Povoar o Brasil não quer dizer somente importar colonos da Europa.

Povoar o Brasil quer dizer:

1. Importar colonos da Europa para cultivar as terras já desbravadas nos centros, ou próximas aos centros povoados.

2. Aproveitar para a população nacional as terras ainda virgens, onde o selvagem é um obstáculo; estas terras representam quase dois terços do território do Império. Tornar produtiva uma população, hoje improdutiva, é, pelo menos, tão importante como trazer novos braços.

3. Utilizar cerca de um milhão de selvagens que possuímos, os quais são os que melhores serviços podem