Exmos. Senhores,
Minhas senhoras e meus Senhores.
§ 1º - SAUDAÇÃO DE ANCHIETA NA LÍNGUA ANTIGA DOS PAULISTAS
O que caracteriza à primeira vista um país a que chegamos é a língua falada por seus habitantes.
Quem chega hoje ao Brasil e por toda parte ouve a língua sonora de Camões e Alencar, diz: estou em um país português.
Há 400 anos atrás [sic], porém, quem aportasse a qualquer parte de nossas costas, desde o Iguaçu (hoje Rio da Prata)(1)Nota do Autor até o Paraná-Pitinga do Norte (hoje rio Amazonas) (1)Nota do Autor, ouviria uma tão diversa do português, quanto este o é do alemão ou do japonês, e essa língua era o nheengatú, avanheen, ou língua dos tupis e guaranis, ou antes tamuyos ou tamoyos.
Por isso vos me permitireis, já que recordamos fatos passados há quase 400 anos, que eu comece esta conferência saudando-vos como o padre Joseph de Anchieta saudava os piratininguaras [piratininguenses] ou paulistas de 1560 na língua paulista que eles falavam naquele