Cayeté [caeté]: índios também tupis, habitavam a costa desde o Paraíba até o rio de São Francisco por mais de cem léguas.

Tupinambá: também tupis, desde o São Francisco até o sul da baía de Todos os Santos, por cerca de 130 léguas de costa.

Tupinanki [tupinaki]: tupis, habitavam desde o sul da enseada da Baía, morro de São Paulo, rio Camamu, até o rio Cricaré (aliás Kirikaré) em 18 graus de latitude sul, por mais de 70 léguas.

Papaná: eram tupis e habitavam a região que depois lhes foi conquistada pelos tupinanki [sic] e aimoré.

Aimoré, tapuias e não tupis: habitavam ao sul dos tupinanki [sic], em terrenos das capitanias dos Ilhéus e Porto Seguro; eram os mais selvagens e brutos de todos.

Goitacá: divididos em três nações: goitacá-cantopi [goitacá-mopi], goitacá-guassu, goitacá-jacoritó; parece-me que eram tapuias, e não tupis, e habitavam as costas desde o rio Reritiba, que deságua 15 léguas ao Sul do Espírito Santo, até sete léguas antes do cabo de São Tomé em 22 graus de latitude sul. É nesta região que está a cidade de Campos dos Goytacazes, no Estado do Rio de Janeiro.

Tamoio: índios tupis, habitavam desde o cabo de São Tomé, até Angra dos Reis, que na língua do Brasil se chamava Ocaruçú (pateo [pátio] grande), ocupando uma costa com enseadas e baías de mais 40 léguas. Estes índios são descritos mui detalhadamente por Léry, que, em suas viagens às terras do Brasil, reimpressas na Revista do Instituto Histórico, lhes dá o nome de tupinanboults, em vez de tupinambás que eles tinham, porque tamoyo quer dizer avô, e os aborígines dizem hoje tamuya.