Entretanto, de 1560 em diante, com meios muito inferiores aos nossos, os jesuítas e os portugueses de São Paulo possuíam corpos de intérpretes a que eles chamavam línguas, e com isso puderam tornar conhecidos os sertões do Brasil, pois é sabido que, nos tempos antigos, os paulistas foram pelo ocidente, sempre pelo interior, até às cordilheiras dos Andes, pelo norte até ao Pará, e pelo Sul até ao Paraguai.
Estará, porventura, morto o bom velho sangue paulista, resultado, segundo Ferdinand Denis, Saint Hilaire e Quatrefages, da mistura do sangue português com o dos tupis ou guaianás ?
Não sei; os senhores ajuizem e respondam a si mesmos.
Quanto a mim, sinto dizê-lo, mas julgo que é a verdade: o paulista tem perdido, e continua a perder, sua qualidade de americano, e está se tornando europeu-judaico.
Em uma memória lida no último Congresso de Americanistas, cujas sessões se realizaram no México em 1895, o sr. C. Poma, encarregado aí da legação da Itália, dá a lista de cerca de 30 periódicos publicados nas duas Américas, em línguas americanas.
Destes, a maior parte é publicada pelos yankees dos Estados Unidos do Norte, mas muitos por outros Estados da América, e entre outros pela Guiana Inglesa.
No Brasil, segunda potência da América, nem um!
Em São Paulo, felizmente, começa a aparecer o gosto pelo estudo das nossas origens, e com ele há de vir o gosto pelo estudo das americanas, porque a nossa raça provém de três troncos, dois do Velho Mundo, o branco e o preto, e um do Novo Mundo, o vermelho ou americano.