O Selvagem

sem os quais seria impossível reproduzir os vocábulos tupis de acordo com o modo de ler adotado pelo autor. E como, por outro lado, houvesse urgência na reedição de O Selvagem, que há muitos anos se tornou obra raríssima, cuja aquisição era disputada principalmente pelos que desejavam conhecer a sua segunda parte, decidimos publicar esta com a possível urgência, adiando para mais tarde a que reveste apenas um interesse relativo para os estudiosos.

Ligeiras modificações fizemos no texto, as quais, porém, só o alteram na parte gramatical, algo descurada na primeira tiragem, devido à pressa com que a obra foi revista, para figurar a tempo na biblioteca americana da exposição universal realizada em Philadelphia [Filadélfia], em 1876.

O Selvagem foi, efetivamente, composto por ordem de Sua Majestade Imperial o sr. D. Pedro II para aquele certame, sendo impresso na Typographia da Reforma, à rua Sete de Setembro n.° 181, no Rio de Janeiro, naquele ano.

O título do livro apareceu subordinado à seguinte epígrafe: "Trabalho preparatório para aproveitamento do selvagem e do solo por ele ocupado no Brasil".

Compreendia duas partes:

I Curso da língua geral segundo Ollendorf, compreendendo o texto original de lendas tupis.

II Origens, costumes, região selvagem, método para amansá-los por intermédio das colônias militares e do intérprete militar.

Lia-se ainda no frontispício:

"Conseguir que o selvagem entenda o português, o que equivale a incorporá-lo à civilização, e o que é possível com um corpo de intérpretes formado das praças do exército e da armada que falem ambas as línguas e