nenhuma que demonstram a contemporaneidade do homem com esse animal da época quaternária, se o terreno não foi revolvido e o animal ou os fragmentos de louça conduzidos para aí por uma corrente ou qualquer outra causa, visto como o invólucro de estalagnite [sic] que os cobre, podendo ser contemporâneo, não é garantia suficiente de que esses objetos tenham sido encontrados juntos pelo fato de serem contemporâneos.
Parece-me que não se pode por agora admitir uma tão remota e antiga presença do homem no Brasil sem muita reserva, sobretudo quando, pelos fatos precedentes, mostramos que essa mesma raça já tinha vivido em outra região o tempo necessário para transpor os primeiros períodos de barbárie.
A ciência ainda não descobriu meio preciso de converter em cálculo de tempo os períodos geológicos. John Phillips diz-nos que, tomando por base do cálculo o tempo que um rio dos períodos modernos gastaria para acumular sedimentos, os do carvão de pedra de South Wales na Inglaterra teriam exigido o enorme espaço de 500 mil anos.(5)Nota do Autor
Se assim é, para um período comparativamente curto, qual não será o largo espaço de milhares de anos que já decorre da data do aparecimento do homem no Brasil até os nossos dias, supondo que ele aqui apareceu no princípio da época quaternária?
Embora seja por enquanto impossível conhecer com precisão o espaço de tempo que decorreu do aparecimento do homem no Brasil até os nossos dias, contudo