de diamantes distinguem esses depósitos em três camadas, que indicam idades diversas, e, para servirmo-nos dos nomes que eles empregam, lhes chamaremos: cascalho virgem, o mais antigo; pururuca, o mais recente e de formação contemporânea; e corrido, o depósito intermediário entre a pururuca e o virgem.
Destes depósitos só o primeiro parece ser antigo, e é a ele sem dúvida que o ilustre naturalista assinala a velha origem contemporânea das primeiras revoluções da época quaternária; sendo todos estes depósitos designados pelos mineradores com o nome genérico de cascalho, o fato de eles dizerem que um machado de pedra ou resto de louça foi encontrado entre o cascalho, não importa de forma alguma na afirmação de ter sido o objeto encontrado em um depósito quaternário, se a espécie de cascalho não for examinada pelo naturalista de modo a poder assinalar-lhe a idade.
Faço esta reflexão porque já se deu comigo o seguinte fato: em 1871 remeteram-me à Leopoldina uma mó de argila petrificada, roxa, e uma mão de pilão de petro-sílex, objetos que se acham hoje no Museu Nacional, enviados com outros pelo sr. C. José Agostinho, que me havia pedido que lhe mandasse com aquele destino quanto eu encontrasse em minhas viagens que pudesse interessar às ciências naturais. Dizia-me o sr. capitão Gomes Pinheiro que esses objetos foram encontrados em cascalho diamantino do rio Caiapó. Verifiquei depois que o cascalho em questão não era virgem, e fiquei por isso na impossibilidade de julgar a idade do depósito.
Quanto aos cacos de louça achados no terrenos, no qual se encontrou também o Platyonix Cuvierii remetido ao Museu de Paris pelo sr. Clausen, sem dúvida