Memórias de um magistrado do império

NOTAS AO CAPÍTULO DÉCIMO

NOTA I


A Casa da Rua dos Inválidos

A antiga residência do Cons.° Luiz Antônio Barbosa de Oliveira que coube ao Cons.° Albino era constituída pelo prédio então n.° 78 da rua dos Inválidos, depois 82, e hoje 152. A documentação completa sobre a compra deste e de outros prédios do Cons.° Albino acham-se muito deterioradas. Há porém um manuscrito do punho do Cons.° Luiz Antônio intitulado pomposamente: História da compra da case da rua dos Inválidos, seu preço e o mais. Por ele se vem a saber que o prédio pertencera primitivamente a Aleixo Pais Sardinha, capitão, segundo se vê de uma ordem régia de 18 de maio de 1801. (Pub. Arq. Nac. V, 76). Falecendo este, a sua viúva D. Joaquina Bernarda Sardinha, vendeu-o, ainda não terminado, em hasta pública, a 31 de julho de 1819, por quatro contos de réis, para pagar várias dívidas constantes do inventário. Arrematou-o o Visconde do Rio Seco, depois Marquês de Jundiaí, (Joaquim José de Azevedo) grande proprietário português, e figura de importância no mundo, político e financeiro de então. Era Senhor de Macaé e Alcaide-mor de Santos, Escrivão dos filhamentos, Tesoureiro da Casa Real, Comendador de Cristo e da Torre e Espada, no reinado de Dom João VI. Aderindo à independência recebeu de Pedro I, além do título de Marquês, o cargo de Porteiro-mor e as comendas do Cruzeiro e da Rosa.

Alugou o Marquês, o prédio, ao Encarregado de Negócios de Portugal, Carlos Matias Pereira, e em seguida, depois que este se retirou para a Itália, à família Barbosa de Oliveira, em setembro

Memórias de um magistrado do império - Página 327 - Thumb Visualização
Formato
Texto