de 1831. Caindo o genro do Marquês de Jundiaí, (o façanhudo Tenente-General Luiz do Rego Barreto), no ostracismo, e estando mesmo proibido de desembarcar no Rio por duas portarias do ministro da Justiça, ficou toda a família em grande desgosto. Resolveu o Marquês retirar-se para a Europa e vender as suas propriedades. No dia 23 de setembro o Cons.° Luiz Antônio fechou o negócio da compra da casa da rua dos Inválidos. O preço era de 12:000$000 rs., seis imediatamente e seis em letras pagáveis em seis meses, com hipoteca até final pagamento. Dias após, contudo, desanuveava-se o horizonte político da família Azevedo (o Marquês de Jundiaí era genro do Marquês de Inhambupe) com a promessa, por parte de um membro da regência, de revogação das portarias contra Luiz do Rego. A palavra empenhada no ajuste com o Cons.° Luiz Antônio, porém, foi mantida. A compra se fez na base estabelecida. O prédio era foreiro de D. Bernarda Vitória da Horta Forjas Pereira, pagando de foro anual 4$885 rs., e somados o preço de venda, foros em atraso, laudêmio, siza, décimas etc., importou a casa em 12:405$314 rs.
Para habilitar-se a esta compra, o Cons.° Luiz Antônio vendera a Firmiano de Sousa Velho, a casa que herdara de seu pai na Bahia por 8:000$000 rs, e desfizera-se de muitas moedas antigas que tinha em reserva (patacões etc.) "Vi-me atônito por dinheiro," diz ele no manuscrito referido, "e não tive sossego enquanto não me vi com a escritura, tal era o empenho e o gosto de possuir uma casa para morar, como a que por fortuna obtive. Deus permita que a gozemos com sossego e felicidade." A escritura foi lavrada a 22 de outubro de 1831.
O prédio se valorizou notavelmente com as obras nele feitas o com o progresso da cidade. Em 1854, no inventário do Cons.° Luiz Antônio, foi avaliado em 25:000$000 rs. Mudou, depois disso, o número, passando a 82.
Foi este prédio que o Cons.° Albino aumentou e reformou consideravelmente, ampliando-o com a aquisição de vários edifícios