geral do Peru oriental, Coronel Francisco Alvarado Ortiz, que não tinha autoridade para isso dada pelo governo do Peru, mas que nessa desagradável contingência, agiu muito cavalheirescamente, e mostrou-se excessivamente liberal. Pelo contrato, eu tinha que ficar tomando conta dos vapores até o governo do Peru poder resolver o assunto. Mas a controvérsia ainda não terminou e uma parte da quantia contratual não foi ainda paga, o governo recusando-se a pagá-la sob o fundamento de que o contrato não foi executado por uma das partes contratantes.
Um dos vapores, o "Ualaga", nunca girou a sua roda de pás, depois que chegou ao porto de Nauta; foi atirado nas margens e lá ficou enferrujando-se, durante os dias em que lá estive. O outro o "Tirado", fez poucas viagens, para vários pontos acima. Eu o conduzi duas vezes, rio Ualaga acima, quase até Chazuta, que fica a 3.500 milhas do Oceano: — uma dessas viagens foi feita durante a vazante do rio, e eu nunca encontrei menos de onze pés d'água, em qualquer ponto, no canal do rio, tanto assim que um vapor de dez pés de calado pode passar pelo "Pongo do Sal", até o Oceano Atllântico, em qualquer dia do ano. Esses vapores estão se tornando cada vez mais inutilizáveis. Nenhum dos dois navegou desde que os deixei, há dezoito meses passados, nem realmente podem ser usados, pois os peruanos pouco entendem de manobras a vapor e todos os engenheiros regressaram aos Estados Unidos. O uso deles nunca mereceu um dólar do governo e nunca o merecerá.
Os rápidos do Ualaga, abaixo de Chazuta, constituem uma curiosidade natural. As barreiras do rio, num percurso de mais de uma légua, são formadas por uma rocha salina dura e transparente como gelo, em alguns lugares, de cor azul avermelhada, e em outros quase branca, sendo o conjunto muito puro, e em quantidade suficiente para suprir toda a América do Sul durante séculos.