desde a escola primária até às escolas de direito universitárias, basta-nos agora observar que um alto grau de progresso já se fez notar ultimamente no primitivo estado de coisas; mas, por outro lado, a verdade é que a obra da reforma educacional apenas foi iniciada. O salário dos professores é excessivamente baixo; o interesse do público em geral precisa ser mais fortemente excitado; e um sério obstáculo resulta da falta de bons livros escolares.
É triste verem-se, muitas vezes, opondo-se à causa da educação pessoas que deviam ser os orientadores do movimento para a preparação intelectual e moral dos jovens. Um sacerdote, residente numa das principais cidades do Império, e exercendo realmente as suas funções à sombra de uma das universidades, foi ouvido dizer: "Não gosto de livros; gosto mais de jogar". Em corroboração a estas observações são as palavras seguintes de um distinto estadista brasileiro, pronunciadas diante da Câmara Imperial: "Uma estreita faixa ao longo do litoral é tudo o que o Brasil usufrui dos benefícios da Civilização; no interior, o nosso povo está ainda, em grande parte, mergulhado no barbarismo". Em complemento a essa observação, o mesmo legislador acrescentou: "Temos sido incapazes de fazer o quer que seja, e nada se poderá fazer sem a ajuda de um clero moralizado e inteligente".
Não obstante esse retrato, rápido porém fiel, há muitos motivos para se ter esperança no Brasil nos domínios da educação. Os mestre-escolas se espalham pelo Império; a imprensa está a postos; porém o número de escolas não aumentou em proporção com a população depois de 1855. Que a escravidão desapareça, e os próximos dez anos assistirão a grandes progressos.
A história da literatura brasileira é curta; contudo, nas circunstâncias em que se formou, deve ser tida como bastante considerável. De tudo o que se tem escrito em língua portuguesa nos últimos cem anos, coube ao Brasil a maior