Santa Teresa e do Ouro, ambos pertencentes à sua vertente ocidental, mas situados, aquele a leste, e este a oeste do caminho. Durante o trajeto os caçadores mataram uma grande anta, que pastava o capim tenro de um pasto recentemente queimado.

No dia 1° de outubro, até perto de Amaro Leite, a formação só nos apresentava cangas. Depois reapareceram os gnaisses, a princípio no rio Lambari, que é um afluente do Ouro e pode ser até considerado uma de suas nascentes, mais tarde nas imediações mesmas do arraial, onde aos gnaisses vem juntar-se terrenos auríferos. O ribeirão dos Algodoeiros lança-se no rio do Ouro, o de Santo Antônio no Lambari, bem como o córrego da Estiva; o ribeirão do Baú corre para o de Amaro Leite, enquanto três ou quatro riachos que se atravessam entre Algodoeiros e Santo Antônio, devem ser, provavelmente, afluentes de um ou outro destes dois rios. Chegamos ao arraial pouco depois do meio-dia. A região que acabávamos de percorrer era das mais belas e de ordinário muito pitoresca a maneira pela qual os córregos há pouco citados corriam nas suas virentes barrocas. Fomos acomodados numa casa grande, mas vazia, como todas nestes sertões; todavia, sua cobertura de telhas foi tanto mais apreciada por nós quanto tivemos uma noite muito chuvosa. Passamos dois dias nessa povoação, com a ideia de lhe determinar com exatidão a posição geográfica; este trabalho, porém, foi muito embaraçado pelo mau tempo, o céu tendo estado sempre coberto de nuvens pesadas. O povoado de Amaro Leite, como o de Descoberto, foi fundado pelos catadores de ouro; atualmente está quase completamente abandonado, em virtude dos ataques dos índios canoeiros. Habitam-no ainda uns cem moradores, todos atacados de bócio e distribuídos pelo que ainda resta das trinta casas a princípio existentes. A exploração tem aqui por objeto um veio quartzoso quase vertical, incluso nos gnaisses argilosos. Nos pontos em que