o emprego de alavancas ou da pólvora, as rochas formadoras das pequenas corredeiras ou itaipavas, enquanto que nas cachoeiras mais importantes haveria o recurso de estabelecer postos fixos com um número de homens bastante para auxiliar as embarcações nos embaraços da passagem, garantindo-se também o fornecimento, a preço cômodo, dos víveres necessários aos viajantes. Graças a estes meios poder-se-ia fazer com que as embarcações conseguissem vencer em poucas horas as dificuldades que atualmente as obrigam a gastar, muitas vezes, vários dias. Construir-se-iam também estradas à volta das cachoeiras, dando passagem aos viajantes e mercadorias, transportadas estas em carretas ou em lombo de burro.
O segundo alvitre, exequível porém apenas quando as facilidades precedentes houvessem permitido a existência de uma população numerosa nestas formosas regiões, consistiria em abrir canais laterais, contornando os lugares obstruídos pelas grandes cachoeiras.
Tem também muito peso, em se tratando da navegabilidade desses rios, a questão referente aos índios que vivem ás suas margens. Se hostis, infligem eles aos viajantes os mais horríveis tormentos; quando, pelo contrário, nutrem inclinações amigas, tornam-se extremamente úteis tanto na passagem das corredeiras e baixios(1), Nota do Autor como na remoção dos troncos de árvores que obstruem tantas vezes a navegação, e no fornecimento dos víveres de que em tais circunstâncias sempre precisam os viajantes.
Passemos agora, pois, ao estudo pormenorizado da distribuição das tribos que habitam a região.