vários riachos, e pelo rio dos Bugres; depois, tendo recebido sucessivamente os rios Tapirapuã e Ferreiro, torna-se bastante volumoso, indo lançar-se no Araguaia, após um curso total de quarenta léguas. O trecho navegável facilitava muito em outros tempos as comunicações comerciais entre Goiás e Belém.
O rio do Peixe, que sai do Morro da Pipa, corre para noroeste, e depois de receber numerosos afluentes pequenos, se torna navegável durante a estação das chuvas, a partir do arraial de Santa Rita. Tem quarenta léguas de curso e lança-se no Araguaia, depois de se haver reunido ao rio Tesouras, cujas nascentes ficam nas montanhas de Carretão.
O rio dos Pilões sai da chapada denominada Estreito, corre para o ocidente, unindo-se ao rio Claro. Este último tem suas cabeceiras numa crista que as separa das águas que correm para o sul, dirigindo-se no começo para noroeste e depois para oeste, antes de desembocar no rio Grande, ou Araguaia.
O Caiapó nasce no mesmo espigão que o precedente, lançando-se como ele no rio Grande.
O rio Uruu nasce no distrito de Curralinho, corre para o norte e, após vinte e cinco léguas de curso, une-se ao rio das Almas, afluente do Tocantins. Em 1789, Tristão da Cunha Meneses tentou abrir uma nova via de comunicação com Belém, descendo o Uruu, onde embarcou a doze léguas de Goiás, no Engenho de Capimbeba. Achava ele vantajoso fazer a rota por entre as populações com as quais era fácil estabelecer relações por meio de diferentes rios; mas, nas proximidades de Água Quente, esbarrou com a cachoeira do Falcão, sendo forçado a transportar a embarcação com o auxílio de carretas. Embora esta viagem tivesse ido até o fim, ninguém mais procurou utilizar o mesmo caminho.