O naturalista no rio Amazonas - T1

subsequentemente confirmada em todos os seus pormenores".

Em 1864 tinha ainda Bates consigo a sua coleção de Coleópteros, coleção vasta e única que, felizmente para a ciência, passou integralmente para as mãos de René Oberthur, de Rennes.

Do livro de Bates foram publicados três tipos de edições. A primeira, de 1863, sobre a qual é calcada a presente tradução, foi publicada em dois volumes. Um ano depois, a pedido de seus amigos e admiradores, dá ele uma segunda edição, da qual retira os comentários de filosofia biológica, alguns dados mais extensos de geografia amazônica, certas particularidades a respeito da vida social da Amazônia e muitas descrições referentes à fauna. Foi esta edição que obteve maior sucesso, e que tem sido repetida algumas dezenas de vezes. Depois da morte de Bates tiraram-se outras, populares, onde se fizeram amputações ainda maiores, cortando-se quase tudo que não interessasse diretamente ao leitor inglês, e por isso mesmo tais edições são quase sem interesse para o leitor brasileiro.

A presente tradução é do livro de um naturalista, anotado por outro naturalista. Nestas notas, feitas com muito cuidado e amor, para não desmerecer do valor da obra, procurei ser útil aos leitores mais curiosos, e raramente me aventurei a sair de minha seara. Procurei reduzi-las a um mínimo, e mesmo assim (contadas as do autor), foram a mais de quinhentas. Os que já tiveram de anotar um livro de ciência, mesmo de vulgarização científica, bem poderão aquilatar do que isto representa de trabalho e de pesquisa e certamente perdoarão alguns erros ou enganos que ainda tenham escapado.

CANDIDO DE MELLO-LEITÃO.

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