das formigas de correição do gênero Eciton é decididamente maravilhosa e só por si bastaria para colocar o cronista de seus costumes como um homem de extraordinário poder evocativo.
O último capítulo da obra de Bates contém a narrativa de suas excursões além de Ega. Fonteboa, Tunantins — pequeno povoado meio indígena a 240 milhas mais acima, no rio — e São Paulo de Olivença, algumas milhas ainda mais acima foram os principais lugares visitados, nos quais se obtiveram novas aquisições. No quarto mês de residência na última dessas localidades, ataques graves de febres intermitentes obrigaram-no a abandonar os planos que fizera de continuar até às cidades peruanas de Pebas e Moyobamba e "completar assim o exame da história natural das planícies amazônicas até ao sopé dos Andes". Esses ataques, que pareciam ser a culminância de uma deterioração gradativa da saúde, causada por onze anos de árduos trabalhos nos trópicos, levaram-no a voltar a Ega e finalmente ao Pará, onde embarcou para a Inglaterra no dia dois de junho de 1859. Muito naturalmente nos diz Bates que a princípio se sentiu um pouco amedrontado com a ideia de deixar o equador, onde as forças bem equilibradas da Natureza mantêm a superfície da terra e o clima sempre uniforme, a ordem e a beleza", para navegar para os "céus crepusculares" do frio norte. Mas consola-nos acrescentando a nota que "três anos de renovada experiência da Inglaterra" o convenceram "como é incomparavelmente superior a vida civilizada à esterilidade espiritual de uma existência meio-selvagem, mesmo quando passada no Jardim do Eden".