diz respeito a sua alimentação intelectual, quando, como nos conta, se pôs a ler o Athenaeum três vezes a seguir, "da primeira vez devorando os artigos mais interessantes, da segunda todo o resto e da terceira lendo todos os anúncios de começo a fim".
Era Ega, de fato, como Bates observa, um belo campo para um colecionador de história natural, pois os únicos visitantes da região tinham sido os naturalistas alemães Spix e Martius e o conde de Castelnau, quando desceu o Amazonas, de volta do Pacífico. A descrição que nos faz Bates dos macacos dos gêneros Brachiurus, Nyctipithecus e Midas, encontrados nessa região, assim como todas as notas muito sutis que faz sobre as formas americanas de quadrúmanos, serão lidas com muito interesse por todos, particularmente por aqueles que se dedicam ao importante assunto da distribuição geográfica. Julgo inútil dizer que Bates, depois da atenção com que examinou essa questão, é um zeloso advogado da hipótese da origem das espécies por derivação de um tronco comum. Depois de dar-nos um esboço da distribuição geral dos monos, claramente deduz que "se não se admitir a origem comum, ao menos das espécies de uma família, o problema de sua distribuição terá de ficar como um mistério inexplicável". Evidentemente Bates compreende a natureza deste interessante problema, e em outra passagem, na qual é discutida a distribuição muito singular das borboletas do gênero Heliconius, conclui com as notas mais significativas sobre este importante assunto.
Mas, voltando às maravilhas zoológicas do Alto Amazonas, as aves, insetos e borboletas são tratados por Bates neste capítulo sobre as riquezas naturais do distrito, e é evidente que nenhuma destas classes de seres escapou à observação dessa viva inteligência. A descrição